domingo, 15 de agosto de 2010

O amor

E aí que um dia você conhece a pessoa perfeita. Aquela pessoa que te entende, te compreende, te faz carinho, ri das besteirinhas que você faz e fala, te dá beijinho de esquimó enquanto você se derrete todo, e certo dia você acorda e percebe que não consegue mais parar de pensar na pessoa, tudo te faz lembrar ela e o simples fato de você imaginar que pode perder essa pessoa, você chora horrores e prefere a morte. Mesmo com todos esses sintomas de completa insanidade, você teima em dizer que está amando. É aí que tudo se explica: a gente ta vivendo nesse mundinho 2.0 onde o “eu te amo” virou vírgula porque ninguém, lá atrás, se deu ao trabalho de definir o amor.

Alguém diz pra essa juventude desmiolada que o amor não é isso que brota da noite pro dia depois de uma noite de ‘pegação’? Aproveita e diz também que o amor não é isso que acaba do dia pra noite depois que ele não quis assumir o romance no Orkut, twitter e cia.

Já se olhou no espelho depois de tomar um banho quente? Como é que o espelho estava? Embaçado. Pois então, isso é o que você sente depois de conhecer alguém que te interessa muito ou o que você sente nos primeiros meses e até anos de namoro.

Depois de um tempo, quando você abre a porta e sai do banheiro, o vidro desembaça e aí você se enxerga perfeitamente. Parabéns. Isso é o amor.

Eu, sinceramente, não queria escrever sobre o amor. Porque, depois de um tempo, meu conceito sobre ele tornou-se algo terrivelmente absurdo pra muita gente.

Amor não é isso aí que você sente quando conhece alguém. Isso é paixão, encanto, atração, qualquer coisa, menos amor. Porque amor não é o que começa, mas o que fica. Depois de todas as surpresas, de todos os beijos, de todas as conquistas, de todos os olhares, o amor é o que fica. Porque é muito fácil você dizer que ama alguém enquanto os defeitos dessa pessoa não te incomodam. É muito fácil dizer que ama quando ela faz tudo o que você quer, quando ela te agrada, te enche de carinho e tudo conspira a favor de vocês. Mas depois que tudo isso passa é que a gente tiro véu, destranca o cadeado, abre as janelas e percebe que por trás de tudo isso o amor estava lá, escondidinho.

O amor é eterno, e nem todo mundo tá preparado pra viver o 'eterno', o 'pra sempre'. As pessoas preferem trocar essas palavras por outras menos assustadoras: “constante”, “contínuo”, “teimoso”.

O amor é surpreendente. O amor é um menininho sapeca que te irrita com as suas trapalhadas, com as suas traquinagens, e aí, no meio de uma frase ou outra você pensa “estou feliz outra vez”.

A paixão te deixa confuso, atordoado, o coração queima e te falta o fôlego. O amor te dá paz, te aquece na temperatura ideal e te faz dormir. O amor te motiva a ver o sol, a lua, uma nova estrada... Porque quando você ama, você quer seguir junto.

E aí que eu não conseguia entender a definição do Apóstolo Paulo sobre o amor. Quem não sente ciúme? E quem consegue ser paciente? E quem suporta tudo? E quem já amou de verdade?

Porque a paixão te faz enxergar tudo embaçado, te atordoa, te tira o sono. Mas quando você ama, você enxerga tudo claramente, e quando você olha nos olhos de quem você ama você não se enxerga nele, mas vê refletido naqueles olhos o amor que você dedica.

Dizer que amo alguém não é simples e não é fácil, pelo menos pra mim. Não consigo dizer enquanto o espelho está embaçado, enquanto perco o sono, enquanto penso enlouquecer de paixão. Eu preciso enxergar claramente, eu preciso me sentir segura, eu preciso dormir em paz.

Porque, depois de um tempo de relacionamento, as coisas funcionam como se estivessem no automático. Ele vai ter ver algumas vezes por semana, chega, te dá um beijo, conta como foi o dia, talvez te leve um bombom ou uma rosa dessas compradas no semáforo porque ele não teve tempo de parar numa floricultura, os olhos dele estão cansados e ele não está muito criativo pra te fazer uma declaração ou te fazer chorar. Vocês conversam, ele te deseja boa noite, e vai embora. Talvez, no final de semana, vocês se encontrem no cinema ou no teatro, ou marquem de ir num show qualquer só pra ter um tempo mais juntos. E é aí que você sabe se você ama. Porque mesmo olhando aquele cara com os olhos cansados, reclamando do dia agitado e te levando uma rosa de semáforo ou um bombom qualquer, você o ama. Você sabe que é ele que te completa, que te faz bem, que te precisa independentemente dos seus defeitos e manias estranhas. É com ele que você quer envelhecer, só com ele, e mais ninguém. É pra ele que você quer contar as melhores notícias, e quando você olha pra ele, você sabe o quanto ele é grato por você amá-lo sem se importar com o cansaço e com a falta de criatividade dele pra te agradar. Você sabe e, desde aquele momento, você passa a ter certeza que toda aquela agitação do início do namoro se transformou em amor, e agora, mais do que nunca, você pode dizer pra ele que você o ama.

Porque o amor não é de repente, mas aos pouquinhos que acontece. O amor não é inconveniente, ele vai se alojando aos poucos, fazendo você se acostumar com a presença dele, e quando você vê você é todo ele.

Deixe de vulgarizar o amor. Diga que está apaixonado, que enlouquece de paixão, que está encantado, mas não diga que ama antes que o espelho desembace. Não iluda, não se iluda. O amor é eterno, não desaloja assim de repente. O amor mora, habita, aloja-se aqui dentro... E dificilmente sai. Ele nunca sai. Ele se camufla, perde o sentido, deixa de doer. Mas continua.

Sem a paixão, tudo começa a fazer sentido. Mas sem o amor, nada faria sentido, eu não seria nada, nem você, nem ninguém.



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eu queria ter coisas bem interessantes pra falar, mas desde que escrevo, sempre acabo falando de amor. Chega a ser deveras estressante isso, porque eu queria escrever coisas realmente produtivas e que não fizesse você chorar cada vez que lesse meu blog; mas deve ser exatamente por chorar todas as vezes que você lê um texto meu que você vive aqui visitando as minhas atualizações.

Quando você se torna uma pessoa como eu, indiferente à qualquer sentimento e, DE REPENTE, você sente a necessidade de escrever sobre um sentimento, você tem medo. Sim, você tem medo de que aquilo seja sincero e verdadeiro como você imagina e de parecer um completo idiota.

Eu não conheço o amor, não assim... Por inteiro, sabe? Até porque pra conhecê-lo eu devo estudá-lo, e para estudar alguma coisa eu tenho que viver com aquilo, sempre. E convenhamos: viver amando não é lá muito a minha praia. Ainda – droga.

Eu não sei o nome disso. Eu sei, passei dias numa tortura horrível, maldizendo qualquer bom sentimento e jurando nunca mais os sentir. E lá vou eu me trair novamente e esquecer todas as promessas que me fiz e que ainda não cumpri e, pelo jeito, nem vou. Eu não sei o nome, e se isso se chamar amor, por favor, não me diga.

Só deixe que isso continue. A sensação de respirar livremente, o som da risada, as crises de riso. Deixe que isso permaneça. Era o que me faltava desde quando eu nem lembro. E não precisa ir embora... Fica aqui comigo, pra sempre.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Voltei :D

Olá :D
Eu sei que eu estou sumida, que algumas pessoas pensam que eu parei de escrever. Mentira, eu não parei de escrever. Apenas estou focada em compor músicas para a gravação do nosso DVD que será com músicas inéditas então, preciso trabalhar nisso.
Também não ando escrevendo muito porque ando mais antisocial que o normal, meu peixe Maestro morreu e meu pai se comoveu com a minha cara de choro e me deixou adotar um cachorrinho que eu chamo de Pildas. Então... As coisas aqui em casa tem mudado.
Também estou empenhada na nova decoração do meu quarto, e das coisas que meu pai vai comprar.
Estou me preparando psicologicamente para começar a cantar músicas em outros idiomas como: inglês, espanhol e HEBRAICO. Sim, hebraico. - MUITO TENSO -, mas estou me saindo bem =D
E, estou me preparando psicologicamente também para fazer a cirurgia nos dois joelhos. Enquanto isso, usarei uma joelheira muito chata mas que vai salvar os meus sábados que eu trabalho no projeto e sinto muitas dores. O doutor disse que a joelheira vai impedir que a patela saia do lugar sempre, então, sentirei menos dores. O que deixará meu humor um pouco melhor.
Bom... Estou trabalhando no projeto e Deus tem abençoado MUITÍSSIMO e eu estou deveras feliz por isso. Eu tenho MUITAS novidades mas ainda não posso contar.
Han... Tenho sido muito legal com as pessoas e isso tem feito elas confundirem algumas coisas então, fica a dica: Se eu te amar, eu te aviso. Por favor, não se iluda. (pra quem sabe ler, um pingo é letra, como dizia meu avô. E aí fica a dúvida: 'ele sabe ler?' O.o)
Bom... Eu estou com pressa, mas prometo me empenhar em escrever coisas legais, daquelas que vocês dizem que gostam de ler (é pra me agradar, eu sei). Talvez eu arrume uns bons temas, ou alguém me dá uma dica, por favor, e eu tentarei me inspirar. I PROMISE.
Eu sei que hoje começa o terror das aulas para muitos amigos meus então, boa sorte, amiguinhos. E passem de ano, por favor, não quero ir pra faculdade sozinha ano que vem.

Eu vou ficando por aqui... Quando saírem, apaguem a luz e me deixem dormir. Beijos.